Por uma questão anatômica, as mulheres são muito mais vulneráveis àsinfecções urinárias do que os homens. Além do canal da uretra ser quatro vezes menor que o masculino, a proximidade com o ânus facilita a contaminação da área por bactérias. Os sintomas mais comuns são vontade de fazer xixi toda hora, ardência ao urinar e dor na região da bexiga.
Se a infecção urinária for recorrente, pode ser sinal de outras doenças mais graves como endometriose, diabetes ou lúpus. Outras causas, no entanto, são mais corriqueiras e podem ser combatidas:
A relação entre a obesidade e a infecção urinária se explica pela maior dificuldade de higienizar as partes íntimas devido ao excesso de “dobrinhas”, que facilitam a ação das bactérias. Quem estiver acima do peso deve ter um cuidado a mais na hora de ir ao banheiro, para garantir que a região fique limpa e seca após fazer xixi.
Por outro lado, não adianta sobrecarregar a região genital com sabonetes íntimos, duchas ou outros produtos. Limpeza em excesso não serve como prevenção à infecção urinária. Pelo contrário: desequilibra a flora vaginal e abre caminho para as bactérias invasoras. Lavar a vagina com um sabonete neutro uma ou duas vezes por dia já é o suficiente.
Quando há dificuldade para evacuar, as bactérias Escherichia Coli, que habitam na flora intestinal, ficam presas dentro do organismo e podem acabar “transbordando” para outras regiões próximas ao ânus – no caso, a uretra. Se dentro do intestino ela ajuda o organismo, na vagina pode se transformar em uma das principais causadoras de infecções urinárias.
Quem tem o hábito de segurar a vontade de fazer xixi até achar um banheiro limpo e confortável pode estar dando um tiro no pé. A urina também serve para lavar a bexiga, e quando fica presa no mesmo lugar, favorece a proliferação de bactérias. Por isso mesmo, beber bastante água ajuda a prevenir infecções urinárias – desde que o xixi não fique trancado sem poder sair.
Presente em algumas camisinhas e vendido como creme ou gel para aplicar na vagina, o espermicida é um dos métodos contraceptivos mais conhecidos, mas pouca gente sabe que seu uso contínuo pode favorecer infecções urinárias. Assim como certos produtos de higiene íntima, ele afeta a flora vaginal e deixa a região mais vulnerável às bactérias. Depois do sexo, também é importante fazer xixi ou lavar a vagina, pois a lubrificação facilita a chegada dos microorganismos à uretra.