Uma tecnologia inovadora tem apoiado os médicos no tratamento da dor pélvica. O problema, que atinge entre 2% e 16% da população mundial tem mais de 10 causas e, muitas vezes, é intensa e incapacitante, com maior prevalência entre as mulheres em idade reprodutiva.
A neuromodulação é uma das opções mais modernas de tratamento. Ele explica que a técnica consiste na utilização de eletrodos de estimulação, que são implantados dentro do organismo, na região da coluna, dos nervos da região sacral ou de nervos periféricos. Esses eletrodos transmitem impulsos que estimulam nervos específicos que mascaram a sensação de dor.
a neuromodulação só deve ser realizada por profissionais especialistas no tratamento intervencionista da dor. Geralmente a indicação é para o paciente resistente a outros tratamentos. A técnica deve ser parte de um planejamento terapêutico bem delineado, e o paciente requer um acompanhamento regular com o especialista.
O grau e a característica da dor podem variar, podendo se apresentar em forma de cólica, pressão ou pontada, ser constante ou intermitente e incapacitante ou não. Associado à dor, o paciente pode apresentar sintomas como incômodo durante a relação sexual e ao urinar, ter alteração e/ou dor relacionada ao hábito intestinal e alterações do sono, ter dificuldade na realização de exercícios físicos e sentir interferência nas atividades da vida diária e nos relacionamentos pessoal e social.
Entre as causas mais comuns da dor pélvica estão as lesões ou disfunções dos órgãos ou estruturas de natureza ginecológica, urológica, vascular, gastrointestinal, ligamentar, articular, neural, inflamatória, oncológica, metabólica, funcional, neuropática ou psicológica. Na maioria das vezes, a dor está associada com sintomas psicológicos, comportamentais e sexuais negativos como depressão, ansiedade, medo e angústia nos relacionamentos, e com incapacidade física e prejuízo da qualidade de vida.
Apesar de atingir as mulheres em maior número, os homens também podem ser acometidos pelo problema. E neles a dor pélvica crônica costuma ser um problema clínico complexo. Os pacientes inicialmente procuram urologistas ou gastroenterologistas para investigação, com a expectativa de que a causa da dor seja encontrada, tratada e curada.