A cada seis meses, a ida ao ginecologista para comprovar se está tudo certo
é mais que primordial para as mulheres: é uma forma de garantir a saúde e o bem estar femininos. Um check up ginecológico é a chave para evitar doenças ginecológicas e manter os órgãos genitais livres de infecções por vírus ou bactérias, que podem ter consequências graves, desde câncer até infertilidade.
Quando a mulher não cumpre as visitas rotineiras ao ginecologista, no entanto, ela torna-se vulnerável a diversos distúrbios. Para incentivar a prevenção, A Revista da Mulher ouviu especialistas, que esclareceram quais são os principais problemas de saúde relacionados ao sexo feminino.
Confira a seguir as 5 principais doenças ginecológicas, suas causas e quais são os tratamentos indicados.
É uma alteração inflamatória ou infecciosa da vulva, vagina e colo do útero, podendo ser causada por infecção de bactérias, protozoários e fungos ou por alteração da própria flora bacteriana. O problema acomete, principalmente, mulheres na idade reprodutiva e é causado normalmente pela proliferação desses germes, associada à baixa de imunidade. Os principais sintomas são:
Atinge cerca de 10% das mulheres em idade reprodutiva e é considerada a causa mais frequente de infertilidade em mulheres com anovulação crônica, ou seja, que não ovulam adequadamente.
“Trata-se de um distúrbio hormonal que provoca alteração dos níveis de hormônios masculinos (androgênios) no corpo da mulher. Essa alteração, em geral começa na adolescência e causa irregularidade na menstruação, alterações na pele e pode levar à formação de microcistos nos ovários., esclarece Gustavo Maciel, ginecologista do Fleury Medicina e Saúde, em São Paulo.
O distúrbio geralmente se inicia na puberdade ou adolescência, quando os ovários apresentam grandes quantidades de folículos iniciais. Além da anovulação, a SOP também pode gerar o aumento dos hormônios masculinos nas mulheres (com o aparecimento de acne, aumento da oleosidade da pele e cabelo, nascimento de pelos e, por vezes, o ganho de peso).
Por mais que o problema não seja contagioso, a doença ginecológica pode voltar, pois não tem cura, somente é controlada através dos seguintes tratamentos:
Frequente na idade reprodutiva, é conhecida como a “doença da mulher moderna”, por conta do adiamento da maternidade ou pela opção de não engravidar. A endometriose é uma doença ginecológica caracterizada pela presença do tecido do endométrio, camada que reveste o interior do útero, fora de seu local habitual.
Algumas mulheres podem não apresentar os sintomas dessa doença ginecológica. Mas, geralmente, os sinais costumam ser:
O diagnóstico feito pelo médico leva em consideração os sintomas listados anteriormente. Mas, além disso, são realizados exames de imagem como o ultrassom, a ressonância magnética e marcadores tumorais (exame de sangue). Porém, o diagnóstico definitivo só é possível por biopsia.
O tratamento é feito com o uso de anticoncepcionais, cirurgias para a retirada das lesões e, para as mulheres que querem ser mães, em geral será preciso submeter-se a tratamentos de reprodução assistida, como a inseminação intrauterina e a fertilização in vitro.
É um tumor benigno localizado no útero e que acomete, geralmente, mulheres de 30 a 50 anos de idade. De origem genética, o mioma uterino pode apresentar crescimento excessivo e, considerando a localização dele dentro do útero, pode causar hemorragias com coágulos, cólicas intensas, aumento do útero, dor na relação sexual e infertilidade.
Por mais que até 75% das mulheres não apresentam nenhum sintoma, os mais comuns são:
O diagnóstico se dá exatamente pelos sintomas da paciente e pela ultrassonografia.
De todas as doenças ginecológicas citadas, essa é a mais rara (mas não menos preocupante), atingindo 3% das mulheres, sendo a maioria jovem e sexualmente ativa. O distúrbio é causado por alguns tipos de bactérias ou uma infecção por múltiplas bactérias.
E quanto aos sintomas, são eles:
No tratamento, há a necessidade do uso de antibióticos. Em alguns casos, a paciente deve ser internada no hospital para receber o medicamento na veia e até mesmo pode ser necessária cirurgia para retirada de abscessos. E, caso ocorra o ato sexual sem preservativo novamente, a doença ginecológica pode reaparecer.