Entenda até que ponto os contraceptivos que existem atualmente são capazes de evitar uma gravidez indesejada.
É tão certo quanto a existência do frio e do calor: sempre que uma mulher revela que engravidou sem querer e que não está preparada (psicológica, física ou financeiramente) para levar a gestação adiante, surge alguém para acusar: “Se tivesse se cuidado, isso não teria acontecido. Por que não usou um anticoncepcional?”. A mulher em questão pode jurar que estava tomando pílula anticoncepcional, que usava DIU, que o parceiro estava de camisinha, mas quem acusa finge que não ouve e insiste que “era só se proteger”. Afinal, existe método anticoncepcional 100% seguro?
A resposta pura e simples é um redondo não.
No caso da pílula, existe a tomada real e a tomada ideal. A ideal seria tomar o comprimido todo dia no mesmo horário, não tomar nenhum remédio que interfira e saber que diarreia e vômito até duas horas após a tomada pode influenciar. O DIU pode falhar por mau posicionamento. A laqueadura pode ter a reversão por um problema anatômico, quando o lugar que foi ligado abre novamente, assim como a vasectomia.
A eficácia para prevenir uma gravidez depende não apenas da proteção de cada método, mas também de seu uso correto e consistente. A taxa de falha tende a ficar menor à medida que as usuárias se tornam mais experientes em um determinado método, e a consulta regular com o ginecologista tem o potencial de diminuir as possíveis falhas. Porém o risco não será zero. Não existe, até o momento, anticoncepcional 100% seguro.
Fonte: mdemulher.abril.com.br