USP de Ribeirão Preto testa antioxidantes no combate a doença que causa infertilidade em mulheres

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Pesquisadora descobriu substâncias presentes em suplementos alimentares com potencial de combater endometriose. Primeiras conclusões já tiveram 4 premiações.
Uma pesquisa da faculdade de medicina da USP de Ribeirão Preto (SP) descobriu que dois antioxidantes presentes em suplementos alimentares têm potencial de combater a endometriose, doença que não tem cura e causa infertilidade em mulheres.
A conclusão foi obtida depois que Vanessa Silvestre Innocenti Giorgi, em um estudo de doutorado no setor de reprodução humana da universidade, associou a doença a um “estresse oxidativo” que prejudica o desenvolvimento dos óvulos.
A partir de então, ela testou a utilização da N-aceltilcisteína e da L-carnitina – também conhecida como vitamina B11, produzida pelo organismo humano e encontrada em alimentos como carnes, laticínios e vegetais – nas células afetadas pela doença.
As substâncias ainda estão em fase de testes, mas as primeiras conclusões foram publicadas na revista norte-americana Reproductive Science e obtiveram quatro premiações, dentre elas um incentivo financeiro do Congresso da Sociedade Americana de Medicina Reprodutiva, de Baltimore, nos Estados Unidos.
Vanessa agora quer intensificar os estudos aplicando as substâncias em pacientes que tenham se submetido a cirurgias contra a endometriose.
“Após um tempo dessa cirurgia, elas sejam tratadas com um desses antioxidantes para que a fertilidade natural dela seja melhorada, para que elas não tenham que procurar auxílio na reprodução assistida”, diz.
A pesquisa
No estudo, Vanessa constatou que os óvulos bovinos utilizados no laboratório – similares aos humanos – apresentaram uma piora em seu desenvolvimento ao entrarem em contato com o líquido folicular de mulheres inférteis, ou seja, a mistura do plasma sanguíneo com a secreção das células do ovário delas.
Na sequência, ela testou a utilização dos dois antioxidantes, que se mostraram eficazes na prevenção dos danos causados pela endometriose. Das duas substâncias, a L-carnitina foi a que se mostrou com mais chances de combater a infertilidade.
O estudo ainda não chegou à fase de testes clínicos, mas Vanessa acredita que esse tipo de tratamento pode se tornar uma alternativa para mulheres que querem engravidar, mas não conseguem por causa da doença.
“Todos nós conhecemos uma mulher que tenha problema com endometriose. Além da infertilidade essas mulheres podem ter dor, destruindo a qualidade de vida delas. Pesquisas devem ser conduzidas para que isso melhore, para que melhore a qualidade de vida e que elas tenham uma perspectiva melhor de um futuro reprodutivo”, afirma.

Fonte:http://g1.globo.com/sp/ribeirao-preto-franca/noticia/usp-de-ribeirao-preto-testa-antioxidantes-no-combate-a-doenca-que-causa-infertilidade-em-mulheres.ghtml

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