Disfunção do assoalho pélvico: causas, diagnóstico e tratamento

Aprenda exercícios para prevenir e tratar a incontinência urinária
6 de novembro de 2017
Exame para detecção de câncer de próstata pode reduzir número de biópsias
8 de novembro de 2017
Exibir tudo

O assoalho pélvico, como o próprio nome sugere, corresponde ao conjunto de músculos e ligamentos, localizados entre o osso púbis e cóccix, responsáveis por “fechar” e sustentar a parte inferior da pelve, conhecida popularmente pelo nome de bacia.

períneo, como também é chamado por especialistas, possui a importante função de suportar os órgãos internos do corpo feminino que estão na região da bacia, como o útero, a bexiga e o ânus, além de envolver os orifícios da uretra, vagina e ânus e permitir a passagem controlada da urina e fezes. Além de favorecer a saída do bebê do corpo da mãe no momento em que dará à luz.

A importância dessa estrutura é ainda maior durante a gestação, pois ela deve ser capaz de sustentar o tamanho e o peso do bebê que crescerá bastante durante os 9 meses de gestação dentro do útero da mãe. Porém, é extremamente comum que essa região seja sobrecarregada a partir do segundo ou terceiro trimestre da gravidez e comece a dar sinais de que está se enfraquecendo. Alguns dos sintomas mais comuns são a incontinência urináriaacúmulo de gases que saem involuntariamente e desconforto ao urinar ou defecar.

Quais são os agravantes?

Além da gravidez, que proporciona mudanças significativas no assoalho pélvico, outros fatores podem desencadear o problema, tais como a obesidade — o sobrepeso durante a gestação aumenta consideravelmente o risco de aparição do problema —, além de lesões em decorrência do parto ou de cirurgiasrealizadas na região e menopausa, pois os hormônios femininos possuem papel fundamental na lubrificação da vagina e na produção de colágeno.

Outro aspecto que também deve ser levado em consideração é a propensão hereditária

Quais outros sinais além da incontinência urinária merecem maior atenção?

Outra queixa recorrente em mulheres que apresentam o enfraquecimento do assoalho pélvico é a perda de flatus, como é chamado cientificamente por especialistas o gases que se formam no instestino.

Além disso, outras queixas comuns de mulheres que sofrem da condição costumam ser dores e desconforto durante a relação sexualconstipação.

Bola na vagina ou “bexiga caída”

Esse é o nome popular para um problema chamado de prolapso genital, que pode ser caracterizado como a queda da parede vaginal em decorrência do enfraquecimento da região, que causa mudança nos lugares dos órgãos da região pélvica como a bexiga, o útero, o reto, uretra e intestino delgado. O problema, geralmente, é subdividido por especialistas em quatro graus, de acordo com sua gravidade. Nos casos mais sérios, as mulheres se queixam do aparecimento, literalmente, de uma bola na vagina, o que acaba por justificar o seu nome.

Além do imenso desconforto, a dor de grande intensidade também são sintomas recorrentes que afetam diretamente a qualidade de vida das mulheres.

Tratamento, cirurgia e prevenção

O tratamento disponível hoje, basicamente, se concentra em sessões de fisioterapia que costumam apresentar melhora significativa do quadro em 75% dos casos. Entretanto, de acordo com a gravidade do problema e as queixas da paciente, a cirurgia pode ser indicada.

O diagnóstico é feito através de dois exames disponibilizados às mulheres pelo Centro: o primeiro se chama urodinâmica e é realizado não somente para analisar a urina, mas todo o processo, como a paciente enche e esvazia a bexiga e o ultrassom em 3D do assoalho pélvico para identificar as possíveis lesões.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado.