Veias dilatadas ao redor dos órgãos pélvicos, como útero, trompas e ovários, caracterizam o problema de varizes pélvicas, ou varizes ginecológicas. Similar à varicocele, insuficiência venosa na região genital masculina, a doença causa fortes dores abdominais nas mulheres e um grande desconforto na vagina – causando sofrimento até para sentar ou fazer sexo.
Na anatomia feminina, as veias gonadais ou ovarianas (localizadas no útero e plexo uterino) são de extrema importância para a drenagem venosa da pelve. Quando elas (as veias) se tornam insuficientes, irão resultar na formação de veias dilatadas e dolorosas: as varizes pélvicas.
O grande número de varizes pélvicas pode evoluir para uma doença denominadasíndrome da congestão pélvica. “Seus principais sintomas estão relacionados com a dor pélvica crônica, também durante e depois da relação sexual.
No geral, as mulheres que sofrem com a doença costumam apresentar os seguintes sintomas:
• dor na parte inferior do abdômen que piora no final do dia;
• dor durante e, principalmente, após o ato sexual;
• sensação de peso na região íntima;
• aumento do fluxo menstrual;
• veias dilatadas na vulva e vagina;
• incontinência urinária (perda de urina).
O tratamento inicial das varizes pélvicas consiste na terapia medicamentosa oral, utilizando-se remédios à base de progesterona e/ou flebotômicos. Essas medicamentos diminuem a quantidade de sangue no interior das veias pélvicas e, consequentemente, reduzem a dilatação das veias.
Os remédios normalmente melhoram os sintomas, mas nem sempre são efetivos para acabar com o problema.
Não há estudos clínicos que comprovem causas específicas para o desenvolvimento da patologia. Mas alguns quadros fisiológicos podem favorecer o desenvolvimento da síndrome.
Segundo os especialistas, os principais fatores de risco para o surgimento de varizes pélvicas são:
• hereditariedade (tendência genética);
• gravidez (aumento da pressão nos vasos pélvicos);
• episódios de trombose venosa prévios.